quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Maldita Síndrome de Estocolmo


E eu só quero dar um tiro na sua cabeça pra ver seus olhos fecharem, sua boca se abrir e teu sangue carmesim escorrer na tua blusa branca que você chama de paz…

Tem dias que tudo que eu quero e um tiro na cabeça

Eu o olho no espelho e sussurro: decifra..

Meu reflexo responde: devora...

Às vezes eu sou um louco, e quero estraçalhar você

Cravar meus dentes no teu pescoço macio

E rasgar com unhas teu dorso e flanco, às vezes só quero devorar você...

Por que eu sou um louco,

Os corvos não param de gritar meu nome

E as gralhas malditas vêm bicar meus olhos...

Às vezes olho pra você e você parecer um cadáver

Com teu corpo alvo e frio

Parece a lebre estraçalhada pela pata do urso...

Que animal inútil e você...

Fico vendo os vermes saírem pela tua boca fétida

Num pulsar frenético sob tua pele,

Um vai e vem demoníaco...

Se coloco meu ouvido colado no teu peito

Não e um coração que ouço,

Só escuto os vermes do teu peito apodrecido...

Mas você, assim tão morto, tem um sorriso-esboço

Que me faz sorrir,

Maldito...

Você e meu absinto e eu já não sinto mais nada sem você

E com você sinto minha desgraça acontecer...

Porque te amo, na minha podre síndrome de Estocolmo...